SÃO PAULO, São Paulo - De 7 de outubro a 7 de novembro, o Festival Arte como Respiro – Edição Artes Visuais apresenta a quarta e última mostra de obras audiovisuais selecionadas no Arte como Respiro: Múltiplos Editais de Emergência.
'Olhe-se'. De Ilana Paterman Brasil (Crédito: Ilana Paterman Brasil)
O recorte, desta vez, traz 14 obras de Videoarte e Experimentação. Os vídeos ficam disponíveis no site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br) por um mês e são originários de Rondônia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Juntas, as quatro mostras contam 44 audiovisuais apresentados de um total de 200 trabalhos contemplados. Os demais projetos – 60 fotográficos e 96 obras de artes visuais – serão publicados em um volume digital no mês de dezembro.
As três mostras anteriores, cuja exibição foi iniciada em setembro com trabalhos dos selecionados na categoria Produção Artes Visuais, foram Corpo e Performance, Espelho do Cotidiano, Espaço de Criação e Identidades: Reconhecer e Resistir e ainda podem ser acessadas até os dias 2, 9, e 16 de outubro, respectivamente.
Videoarte e Experimentação
Nesta quarta mostra, as obras refletem sobre os aprendizados e os sentidos que as pessoas tiveram que ter e criar subitamente, pelo isolamento imposto. Um tempo de ressignificação e experimentação, mas também de ócio, exercício de paciência e criação. Com obras em diferentes mídias e linguagens, a mostra abre com Goma, das cariocas Marina Lima e Viniele Lopes. Um short film que brinca com cores e sabores para revelar todas as subjetividades de uma atividade corriqueira como descascar uma fruta. Pensar nas coisas de outra maneira permite às pessoas enxergarem que ficar em casa não tem que ser necessariamente ruim, se conseguirem usar esse tempo para uma autorreflexão.
'Goma'. De Marina Lima e Viniele Lopes (Crédito: Marina Lima)
Também com esse intuito, a obra-instalação do paulista Felipe Lion Salles Souto, Rotundo, inova ao recriar de forma poética o voo de um pássaro usando imagem impressa, maquinário e filme em stop motion. O Interior de Todas as Coisas é Infinito, de Lucas Lopes (SP), reúne na sua composição arame, lã, porcelana fria, pintura aquarela, papel vegetal e tempo. É um olhar para todas as casas, pessoas, todos os riscos e de todas as pessoas e seus riscos. Dentro da fragilidade desses dias, ver o futuro. Um lugar onde, talvez, a velhice mora, acena, sem saber se como quem aguarda ou como quem se despede.
No âmbito das experimentações sensoriais, o vídeo Toque, de Pedro Muniz, de Pernambuco, é um clipe feito em dois dias em colaboração com amigos que contribuíram, de suas respectivas casas, com a música e as imagens. Transpõe e esbarra no sentimento de angústia da falta. Uma dança intangível, na qual as mãos se transpassam, se comunicam, mas ao mesmo tempo faz alusão ao desejo de algo que não pode ser concretizado em valorização da saúde coletiva.
Falando sobre o que é volátil, porém que está ao alcance dos olhos, Tomás Vega (SP) traz em seu Suspensão um olhar sensível para captar frestas de luz e sombra em um fluxo infinito. A reinvenção do cotidiano e do fazer artístico também circunda a temática dos vídeos, como demonstra Ilana Paterman (RJ) em Olhe-se, híbrido de pintura em aquarela e animação em stop motion. Esta experimentação técnica também faz parte do trabalho Banho, de Marianne Donner (RJ), todo desenvolvido através em Flip note. A artista recria um universo lúdico e nostálgico para refletir a introspecção do momento atual.
'Banho'. De Marianne Donner (Crédito: Marianne Donner)
Em um outro tom, mais documental, a vídeo-performance CRU reproduz a batida entre dois carros dirigidos pela artista Paula Garcia (SP) e por uma dublê profissional. Em A Fabriqueta, o catarinense Diego de Los Campos apresenta seu projeto Desenhos a um Real que, desde 2006, consiste em fazer desenhos em menos de três minutos para serem vendidos por um real.
Tomando a liberdade do tempo para sentir, escutar e refletir, os vídeos Te Deixo, do cearence Valentino Cabanillas, Frente & Verso, da paraense Maria Christina, Imersos, do baiano Girlan Souza Tavares, e A Morte da Imagem, da rondonense Raissa Dourado, trazem universos monocromáticos e atemporais. Em Para que eu seja Utopia, Júlia de Oliveira, Virna Bemvenuto e Erick Borring, do Rio de Janeiro, refletem sobre o corpo e o lugar da utopia como espaço de reinvenção.
Serviço
Festival Arte como Respiro – Edição Artes Visuais
Mostra 1 – Corpo e Performance
Até 2 de outubro
10 obras disponíveis em www.itaucultural.org.br
Mostra 2 – Espelho do Cotidiano, Espaço de Criação
Até 9 de outubro
13 obras disponíveis em www.itaucultural.org.br
Mostra 3 – Identidades: Reconhecer e Resistir
Até 16 de outubro
7 obras disponíveis em www.itaucultural.org.br
Mostra 4 – Videoarte e Experimentação
De 7 de outubro a 7 de novembro
14 obras disponíveis em www.itaucultural.org.br
Itaú Cultural
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Fonte: divulgação por e-mail